PIBID na 3ª BIENAL DO LIVRO em ITABAIANA - SE
O meu blog tem como finalidade, descrever as minhas experiências vividas durante e depois da minha formação como docente. Sou graduanda do curso de Pedagogia, na Universidade Federal de Sergipe, Campus Prof. Alberto Carvalho na cidade de Itabaiana - Se. Atualmente, sou bolsista do Programa Institucional de Iniciação à Docência - Pibid do curso de Pedagogia, pretendo aqui, compartilhar com vocês minhas experiências vividas dentro e fora do Pibid.
terça-feira, 27 de outubro de 2015
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
Fichamento
Alfabetização: método sociolinguístico: consciência social, silábica e alfabética
Referência:
Mendonça, Onaide Schwartz. Alfabetização: método sociolinguístico: consciência social, silábica e alfabética em Paulo Freire /
Onaide Schwartz Mendonça, Olympio Correa Mendonça. São Paulo: Cortez, 2007.
Resumo:
Na
esperança de contribuir para inclusão social de milhões de brasileiros, no
domínio da leitura e da escrita com instrumento para conscientização de seus
direitos de cidadão, Paulo Freire elaborou o que dominou ser mais uma filosofia
de educação do que propriamente um método. No “Método Paulo Freire”, a sua
descrição e releitura serão utilizadas para explicitação do que ora denominamos
Método Sociolinguístico de Alfabetização. Em se tratando de alfabetização,
sempre que houver a palavra método, ocorre certa rejeição em função dos séculos
de domínio do método (soletração, fônico, silábico, palavração, sentenciarão,
eclético ou global) através dos quais principalmente crianças foram submetidas
a processos incoerentes, desgastantes de suas realidades com o intuito de
receberem o ensino da leitura. O método Paulo Freire, é dividido em quatro
fundamentos sociolinguísticos, codificação, descodificação, Análise, e fixação
da leitura e escrita. Codificação é a representação de um aspecto da realidade
expresso pela palavra gerador, por meio da oralidade, desenho, dramatização,
mímica, música e de outros códigos que o alfabetizando já domina.
Descodificação é releitura da realidade expressa na palavra geradora para
superar as formas ingênuas de compreender o mundo, através da discussão crítica
e do subsídio do conhecimento universal acumulado (ciência, arte, cultura
etc.). O objetivo da análise síntese é elevar o aprendiz a descobrir que
apalavra escrita representa a palavra falada, através da divisão da palavra em
sílabas e apresentação de suas famílias silábicas na ficha de descoberta e, a
seguir, junção das sílabas para formar novas palavras, levando o alfabetizando
a entender o processo de composição e os significados das palavras, por meio da
leitura da escrita. Já na fixação da leitura e escrita, faz à revisão da
análise das sílabas da palavra e
apresentação de suas famílias silábicas na ficha de descoberta, formar novas
palavras com significado e para composição de frases e textos com leitura e
escrita significativas. A palavra geradora é extraída do universo vocabular da
comunidade, conforme critérios de produtividade temática, fonêmica (uma palavra
composta, preferencialmente, por três sílabas) e de conscientização, e que,
decomposta em sílabas, pela combinação das mesmas gera outras palavras com
significado. A linguagem humana sofre mudanças, quando varia no espaço, no
tempo, nas camadas sociais e de individuo para individuo, e apresenta complexas
relações entre letras e som, em nível de escrita e fala. O nível socioeconômico
e cultural dos grupos sociais condiciona a linguagem de seus membros. O
professor precisa pesquisar o meio em o aprendiz vive, para poder desenvolver
atividades didáticas com iniciar alfabetização com palavras pertencentes a sua
cultura.
Cabe ao educador, compreender a variedade
linguística de seus alunos, respeitando-a e partindo dela, trabalhar suas
diferenças, levando o aluno ao domínio de mais uma variedade, a padrão, que é
privilégio das elites instrumentalizando-a para a transformação da sociedade e
exercício pleno da cidadania. O ponto de partida do método Paulo Freire, é a
pesquisa da fala da comunidade a ser alfabetizada e o levantamento do seu
universo vocabular, necessário para a seleção das palavras geradas da
comunidade, que depois serão submetidas, á “codificação”, “decodificação” e
análise e síntese. A “codificação” e a “decodificação” da palavra geradora
constituem os dois primeiros passos do Método Paulo Freire de Alfabetização,
garantindo que a aquisição da leitura e da escrita seja significativa, no
sentido de que partem da discussão da palavra geradora, discursivamente,
através do diálogo e dos códigos que o alfabetizando já domina.
A
“codificação” e “descodificação” representam a fase necessária de exploração
das potencialidades mentais do alfabetizando. Freire contextualiza e acrescenta
a interação verbal como colaborador e enriquecedora do processo de
alfabetização, de tal forma que sua prática socializadora de conhecimento
dinamiza e motiva o processo de ensino/aprendizagem. A “codificação” é o
momento privilegiado em que é dado ao aprendiz o direito a veze a voz.
O
diálogo entre professor/aluno é imprescindível, pois, através dele, o professor
descobre a visão do mundo dos educandos para, no segundo passo, intervir,
trazendo conhecimentos científicos que promovam a transformação daquela visão
de mundo. A partir do momento em que o aluno tem a oportunidade de falar e é ouvida
pelo professor, sua postura se transforma em sala de aula e o respeito mútuo
surge como elemento fundamental na construção da aprendizagem e da disciplina.
Quando o professor ouve o aluno, demostra respeito por ele, a recíproca será
mera consequência.
A
descodificação poderá ser introduzida por um texto que pode ser cientifico, ou
a letra de uma música, de uma poesia, um artigo de revista ou jornal, um rótulo
de embalagem ou outro suporte de preferência do professor (desde que trate do
tema gerador em estudo), através do qual será feita a releitura de mundo. Nessa
releitura, o professor irá orientar a discussão com questionamentos que induzem
os alunos a reflexão sobre o tema em debate. Ao contrario da “codificação”, em
que o professor questiona apenas para descobrir o que os alunos sabem/pensam sobre
o tema (questões de nível superficial), na “descodificação” o docente questiona
para fazer com quer reflitam sobre ele e assim cresçam criticamente.
Os
materiais didáticos de alfabetização iniciam a alfabetização pela letra, pela
silaba, ou pela palavra, ou pela sentença ou ainda por um texto. Essa
metodologia torna-se mecânica, se não for inserido na situação e na
intencionalidade discursiva do alfabetizando. Paulo Freire só faz análise e a
síntese das sílabas da palavra geradora depois de retirá-la do contexto onde é
produzida, com seu significado em uso geral da linguagem. Para ele, era por
meio da análise e síntese que o aprendiz tomaria consciência da existência da
sílaba, estabeleceria a correspondência entre fala e escrita e, em vez de
memorizar, compreenderia nosso sistema de escrita alfabética, além de ter a
oportunidade de compor novas palavras por meio da fixa de descoberta.
A linguística (ciência da linguagem) contribui para a formação do alfabetizador,
por quanto oferece fundamentos necessários a compreensão do processo de
aprendizagem e ensino da leitura e da escrita, e das estratégias para a
aquisição dessas habilidades. A ideografia, ou seja, os desenhos foram
simplificando-se esse e passou-se a atribuir a alguns deles um significado
convencional: os caracteres afastavam-se das figuras e aproximavam-se do que se
tornariam posteriormente as letras. O primeiro alfabeto moderno foi
desenvolvido pelos gregos, que introduziram as vogais no anterior alfabeto
semítico, que usava apenas as consoantes. Por sua vez, do alfabeto grego
derivou o alfabeto romano, que é o vigente na escrita alfabética de hoje.
No
nível pré-silábico de escrita, o aprendiz pensa que se escreve com desenhos
rabiscos, letras ou outros sinais gráficos, e que a palavra assim inscrita
representa a coisa que se refere. O nível silábico faz-se com atividades de
vinculação do discurso oral com o texto escrito, com o da palavra falada. O
aprendiz descobre que a palavra escrita representa a palavra falada e, por
vezes, pensa que basta uma letra para se puder pronunciar uma sílaba oral.
Crianças e adultos parecem passar pelas fases pré-silábica e silábica,
atingindo finalmente a fase alfabética. Aqui o aprendiz analisa na palavra suas
famílias, vogais consoantes. No nível alfabético, o aprendiz ver nas palavras
as sílabas os fonemas combinados, desequilibra-se ao perceber que essa relação
biunívoca letra/som, som/letra, onde a letra representa o som, não ocorre
sempre. É o momento em que o educador intervém e mostra, para o domínio da escrita,
o aluno precisa perceber que o som da fala não é representado sempre
biunivocamente, mas que têm relações complexas.
Citações
Principais do texto:
“A rigor não se poderia falar em “método”
Paulo Freire, pois se trata muito mais de uma teoria do conhecimento e uma
filosofia da educação do que um método de ensino. Chama-se a esse método
sistema, filosofia ou teoria do conhecimento”. (Moacir Gadotti, 1989: 32).
“A leitura do mundo precede
leitura da palavra...” (Paulo Freire, 1989: 11).
“O diálogo se estabelece em
torno de um desenho... é fundamental no processo de elaboração, de produção
compartilhada do conhecimento”. E continua: “A escola... tem silenciado sua
fala (do alfabetizando) na repetição em coro de sílabas, palavras e frases
desarticuladas, descontextualizadas e, portanto sem sentido”. (Smolka, 1988:
39).
“A conscientização implica
que o ultrapassemos a esfera espontânea atenção de apreensão da realidade para
chegarmos à uma esfera crítica na qual a realidade se dá como objeto
cognoscível e na qual o homem assume uma posição epistemológica”.(Paulo Freire,
1980:26).
“(...) compreender que o que
a escrita representa são as variações da pauta sonora, e que é principalmente a
essas variações que se vinculam as variações nas escritas efetivas”. (Weisz,
1988; 79).
“As técnicas de análise
fonológica, aliadas a uma boa descrição fonética, permitem não só às
professoras entenderem de fato o que acontece com os problemas da fala e
escrita, como permitem ainda a elaboração de atividades que facilitem o
processo de aprendizagem por parte dos alunos que passarão a receber uma
explicação de como a aprendizagem por parte dos alunos que passarão a receber
uma explicação de como a fala, a escrita, a leitura e a língua portuguesa
funcionam”.(Cagliari,1989:93).
“Alfabetização gira em torno
de três aspectos importantes da linguagem: a fala, a escrita e a leitura.
Analisando esses três pontos, tem-se uma compreensão melhor de como são as
cartilhas ou qualquer outro método de alfabetização”. (Cagliari, 1999:82).
“Educação é, por definição,
um processo dirigindo a objetivos. Só vamos educar os outros se quisermos que
eles fiquem diferentes, pois educar é um processo de transformação das pessoas”.
(Magda Soares, 2003 a: 17).
“Como eu, o analfabeto é
capaz de sentir a caneta e dizer caneta. (...) A alfabetização é a criação ou a
montagem da expressão escrita da
expressão oral .(..) Aí tem [o alfabetizando] um momento de sua tarefa
criadora.(Paulo Freire, 1989:19).
“Ler é descobrir na grafia
dos signos uma sequencia ordenada de sons. Insistimos no fato de que a leitura,
durante todo o período do ensino elementar se faz em voz alta. “Fala-se a
escrita”. Quer dizer que o aluno descobre a fala e ouve-a, mas não é mais fonte
da mesma: fala partir de um texto. Graças a essa fala, compreende o escrito; a
ajuda do oral é indispensável para que a grafia se revele”. (Genouvier e
Peytard, 1974:20-21).
“(...) o processo de
aquisição da língua escrita, ou seja, das habilidades básicas de leitura e de
escrita (...) significa ensinar o código escrito correspondente ao código oral,
habilitando o aluno a decifra-lo (leitura, descodificação) e a utiliza-lo... (escrita,
codificação)”. (Abud, 1987:7).
“... Fui alfabetizado no
chão de minha casa, á sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não de
mundo maior dos meus pais. O chão foi o meu quadro negro, gravetos, o meu giz”.
(Freire, 1989:15).
Conclusão:
Conclui
que, o método sociolinguístico engloba o contexto social, cultural e econômico
dos alfabetizando. Onde o educador, precisa compreender e repetir a variedade
linguística de cada um, e a partir dessa realidade desenvolver atividades em
sala de aula que possa trabalhar o cotidiano de cada aluno. Dando espaço ao
alfabetizando, de compartilhar os seus conhecimentos adquirido dentro e fora da
sala de aula.
sexta-feira, 3 de julho de 2015
Uma pequena reflexão sobre o PIBID
O Programa Institucional de Iniciação à Docência - Pibid, está mim dando a oportunidade de conhecer e a aprender novas formas de ensino. Foi através do Pibid que eu tive o primeiro contato com a sala de aula. Há mais ou menos um ano eu participo desse programa. Vivi, experiências maravilhosas e muito importante para a minha formação como professora. Esses momentos que estou vivendo dentro do Pibid é de suma importância para o meu crescimento como docente, pois ele está mim proporcionando novos saberes e conhecimentos. Onde estou aprendendo a utilizar as ferramentas do mundo tecnológico no ambiente escolar, desenvolvendo projetos, oficinas, atividades lúdicas e educativas que estão sendo postas em praticas em algumas escolas da rede pública da cidade de Itabaiana. No Pibid ensinamos e aprendemos ao mesmo. Continua...
Assinar:
Postagens (Atom)